Trato será formalizado um dia após o anúncio do governo russo sobre vacina para a Covid-19.
Por Vinicius Frois.
Um dia após a Rússia anunciar a criação da primeira vacina contra o novo coronavírus do mundo, o governo do Paraná sinalizou que vai assinar um termo de colaboração para a produção da imunização no estado. Nesta quarta-feira (12), o governador Ratinho Jr. deve se reunir por videoconferência com o embaixador russo no Brasil, Sergei Akopov, para definir as tratativas do acordo.
A parceria deve permitir que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) realize testes, produza e distribua a vacina Sputnik V, anunciada nesta terça-feira (11) pelo presidente da Rússia Vladimir Putin, diante de fortes suspeitas da comunidade científica internacional. Pelo acordo, o antivírus passará pela fase 3 de testes no Paraná, etapa não realizada na Rússia. Se aprovada aqui no estado, o protocolo será compartilhado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação e liberação para vacinação da população.
Em aproximadamente 60 dias, os estudos em Moscou, capital russa, não concluíram todas as etapas de testes e divulgação de resultados que comprovem a eficácia e segurança da vacina. Ainda assim, a imunização será produzida pelo Ministério da Saúde da Rússia em setembro e aplicada na população do país já em outubro.
No fim do mês passado, o chefe da casa Civil do Paraná, Guto Silva, se reuniu em Brasília com o embaixador russo para encaminhar o acordo. O governo estadual colocou à disposição a estrutura do Tecpar para a produção da vacina.
“Após esse ajuste com o governo da Rússia, as tratativas tecnológiccas e científicas começam. É importante nos pautarmos pela ciência, segurança e transparência nesse processo”, afirmou o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, em entrevista.
Questionado sobre o governo do Paraná buscar uma vacina que não passou por todas os testes, Callado afirma que o intuito da tratativa é justamente esclarecer dúvidas. “É um começo em que buscamos intercâmbio de informações. E só avançaremos se tivermos informações.Como instituto tecnológico, temos que estar abertos a novas tecnologias. Prudência e segurança são palavras-chave nesse processo”, finalizou Callado.
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